As infecções por norovírus estão a aumentar em todo o país, com dados preliminares dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) indicando que esta época poderá registar níveis de doença sem precedentes. O vírus altamente contagioso, conhecido por causar vómitos e diarreia de início rápido, já se está a espalhar a um ritmo mais rápido do que nos anos anteriores.
Dados iniciais mostram aumento alarmante
Em meados de Novembro, cerca de 14% dos testes de norovírus deram positivo – um salto significativo em relação aos 10% observados durante o mesmo período do ano passado. Os especialistas alertam que este aumento inicial sugere uma época particularmente grave, potencialmente rivalizando ou ultrapassando as já elevadas taxas de infecção do ano passado.
“Estamos no caminho certo para ter um ano semelhante ou pior”, afirma Donald Schaffner, PhD, catedrático de ciência alimentar na Universidade Rutgers, destacando o potencial para perturbações generalizadas.
Por que o norovírus atinge o pico no inverno
A circulação do norovírus não se limita aos meses mais frios, mas as infecções normalmente atingem o pico entre dezembro e março. Este padrão sazonal está ligado ao aumento da aglomeração em ambientes fechados, o que facilita a transmissão. No ano passado, o vírus atingiu uma taxa recorde de testes positivos de quase 25% em Dezembro, ilustrando a escala de potenciais surtos.
Frank Yiannas, antigo vice-comissário para a política alimentar da FDA, observa que, embora os aumentos de Novembro não sejam invulgares, as actuais taxas positivas são mais elevadas do que as observadas anteriormente. A vigilância é particularmente importante em locais onde o vírus se espalha facilmente, como serviços de alimentação e instalações de saúde.
Uma nova cepa gera infecções
O aumento de casos é parcialmente atribuído a uma nova cepa dominante de norovírus, GII.17. Durante anos, GII.4 foi a variante mais comum. Contudo, o GII.17 é agora responsável por aproximadamente 75% dos surtos, contra apenas 10% na época anterior.
Esta mudança é preocupante porque as populações não têm imunidade à nova estirpe, tornando-as mais susceptíveis à infecção. O vírus evolui rapidamente, o que significa que surgem frequentemente novas estirpes, contornando a protecção existente.
Sintomas e propagação: o que você precisa saber
Os sintomas do norovírus geralmente aparecem 12 a 48 horas após a exposição e incluem:
- Náusea
- Vômito
- Cólicas estomacais
- Diarréia
*Febre baixa - Dores musculares
O vírus é incrivelmente contagioso, espalhando-se através do contato com indivíduos infectados ou superfícies contaminadas. A transmissão ocorre quando partículas microscópicas de fezes ou vômito entram na boca, geralmente por meio de alimentos, água ou superfícies contaminadas.
Prevenção de infecções: etapas principais
Não há cura para o norovírus; a infecção deve seguir seu curso. No entanto, os sintomas podem ser controlados com líquidos, repouso e alimentos leves.
As medidas de prevenção mais eficazes incluem:
- Lavar as mãos frequentemente por pelo menos 20 segundos com água e sabão, especialmente após usar o banheiro e antes de comer.
- Evitar preparar alimentos ou cuidar de outras pessoas enquanto estiver doente (permanecer sem sintomas por pelo menos 48 horas).
- Desinfetar adequadamente superfícies que possam estar contaminadas.
Conclusão
O actual aumento de casos de norovírus, impulsionado por uma nova estirpe e altas taxas de infecção precoces, representa uma preocupação significativa de saúde pública. Uma vigilância reforçada, especialmente em ambientes comunitários, aliada a práticas de higiene rigorosas, é crucial para mitigar a propagação. Embora a infecção seja desagradável, mas normalmente de curta duração, o potencial para surtos generalizados justifica uma prevenção proativa.


























